RESUMO
Introdução: a fibrose cística gera um grande impacto psicológico na família, significando um evento estressor que afeta o desenvolvimento normal da criança e as relações sociais dentro do sistema familiar. Um enfoque biopsicossocial permite uma melhor compreensão do sofrimento psicológico do paciente e seus familiares, profundamente associado ao quadro sintomatológico crônico e ao prognóstico dos pacientes. Dentro de um enfoque sistêmico, a terapia de família deve se propor a decifrar o processo histórico de adaptação da família bem como a dinâmica e organização familiar, em torno dos fatores estressores, passados e presentes, gerados pela doença. Método: o estudo avaliou, por meio de um estudo de caso, os benefícios da psicoterapia familiar para pacientes com fibrose cística e membros da família. Participou da pesquisa uma família cujo único filho é portador da doença. Os atendimentos psicoterápicos foram realizados no Centro de Formação de Psicologia Aplicada da Universidade Católica de Brasília. A análise de conteúdo dos dados baseou-se no referencial sistêmico. Resultados: o apoio psicológico mostrou-se relevante para a melhoria da qualidade de vida da família, auxiliando em diversos aspectos, tais como a melhor expressão dos sentimentos de culpa e de insegurança. Conclusão: o enfrentamento mais realista dos desafios encontrados pela família reforça a necessidade de elaborarmos mais estudos que aprofundem as questões referentes ao tratamento psicológico das famílias e que superem o modelo biomédico ainda vigente na abordagem da enfermidade. Cabe aos profissionais de psicologia interagir com a equipe multiprofissional de forma a contribuir na compreensão das diversas dimensões do ser humano e da dinâmica familiar de pacientes fibrocísticos. (Au). Palavras-chave: fibrose cística, terapia familiar, criança
Assuntos
Humanos , Criança , Fibrose Cística , Terapia Familiar , CriançaRESUMO
Introdução: a fibrose cística gera um grande impacto psicológico na família, significando um evento estressor que afeta o desenvolvimento normal da criança e as relações sociais dentro do sistema familiar. Um enfoque biopsicossocial permite uma melhor compreensão do sofrimento psicológico do paciente e seus familiares, profundamente associado ao quadro sintomatológico crônico e ao prognóstico dos pacientes. Dentro de um enfoque sistêmico, a terapia de família deve se propor a decifrar o processo histórico de adaptação da família bem como a dinâmica e organização familiar, em torno dos fatores estressores, passados e presentes, gerados pela doença. Método: o estudo avaliou, por meio de um estudo de caso, os benefícios da psicoterapia familiar para pacientes com fibrose cística e membros da família. Participou da pesquisa uma família cujo único filho é portador da doença. Os atendimentos psicoterápicos foram realizados no Centro de Formação de Psicologia Aplicada da Universidade Católica de Brasília. A análise de conteúdo dos dados baseou-se no referencial sistêmico. Resultados: o apoio psicológico mostrou-se relevante para a melhoria da qualidade de vida da família, auxiliando em diversos aspectos, tais como a melhor expressão dos sentimentos de culpa e de insegurança. Conclusão: o enfrentamento mais realista dos desafios encontrados pela família reforça a necessidade de elaborarmos mais estudos que aprofundem as questões referentes ao tratamento psicológico das famílias e que superem o modelo biomédico ainda vigente na abordagem da enfermidade. Cabe aos profissionais de psicologia interagir com a equipe multiprofissional de forma a contribuir na compreensão das diversas dimensões do ser humano e da dinâmica familiar de pacientes fibrocísticos.